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Mundo Ideal

Mundo Ideal, espetáculo, com Anderson Tomazini, Bia Guedes e Priscila Assum fala da insatisfação de seus personagens em relação às suas próprias vidas – não importa quão boas elas sejam –, e da ânsia de terem aquilo que nunca poderão ter: um mundo ideal. Stella e Tom são a definição de um modelo de família perfeita: sucesso profissional, relação estável, um filho saudável e inteligente. Autoritária e perfeccionista, a esposa busca obstinadamente construir sua vida dentro de um molde no qual não há espaço para erros e deslizes. Porém, aprisionada no modelo que ela própria criou, surge a dúvida de que, talvez, tudo aquilo que foi minuciosamente construído, não tenha sido suficiente para lhe trazer felicidade.

Com a angústia de estar vivendo uma vida rotineira e mecânica e com o receio de perder seu marido entediado nessa bolha de perfeição, Stella brinca de viver uma vida que não a sua. Dentro da possibilidade de se reinventar fora do modelo estipulado, decide criar em seu casamento uma história de traição. Com esse surpreendente pensamento de incluir uma terceira pessoa para salvar seu relacionamento, Stella verá na professora (Bia ou Priscila) de João, seu filho, a possibilidade de um ato de adultério com seu marido.

Alternando entre cenas reais e absurdamente estranhas, a peça se desenrola na angústia de um homem dividido entre duas mulheres, na professora apaixonada na espera que seu amor a escolha e na frustração de uma mulher traída. Todos em busca de um mundo ideal que talvez sequer exista.

A história se desenvolve de tal forma que a princípio não sabemos se a traição é realmente verdadeira ou se tudo faz parte do imaginário de Stella. Apresentada em camadas, a narrativa possui uma dinâmica que faz com que a plateia crie uma nova expectativa a cada grande acontecimento, sendo surpreendida por uma nova verdade a todo instante. Quando vemos no final que tudo não passa de um plano do casal para a produção de um roteiro, surge mais uma camada surpreendente que revela que até mesmo esta cena poderia não ser real.

Texto: Clarissa Kahane e Tess Abreu
Supervisão de Texto: David França Mendes
Direção: Wendell Bendelack
Diretor Assistente: Carlos Bonow
Direção de Movimento: Sueli Guerra Maio
Cenografia: Alexandre Barillari
Cenotécnico: Pará
Assistente de Produção: William Barroso
Designer de Luz: Fred Eça
Músicas: Fred Eça
Figurino: Rosa Hebe
Design Gráfico: Luciano Cian
Assessoria De Imprensa: July Caldas
Fotos Márcio Faria
Direção de Produção: Joaquim Vidal
Produção: Jackeline Barroso
Realização: Barroso Pires Produçao Artística

Elenco:
Anderson Tomazini, Bia Guedes e Priscila Assum.